Módulo Ciências da Natureza leva primeiro grupo para visita à Recicla TB
Nesta última semana de novembro, o programa Klabin Transforma Semeando Educação, iniciativa da Klabin operada tecnicamente pela Interação Urbana, teve um desfecho diferente: uma visita técnica para conhecer de perto o funcionamento de uma cooperativa de reciclagem.
Acompanhadas da formadora Lara Cavalheiro, da Interação Urbana, as turmas de professores (as) de Imbaú, Ortigueira e Telêmaco Borba, no Paraná, participaram dessa experiência e viram na prática a aplicação de conceitos essenciais, como economia circular e logística reversa. Mas a visita foi além: o grupo pode esclarecer dúvidas comuns sobre separação de resíduos e hábitos do dia a dia, como o destino correto para o rolo de papel higiênico, a caixa de pizza ou a embalagem das uvas, entre muitas outras.
A visita foi conduzida por técnicos da Ambipar, Lilian e José Carlos, e por membros da cooperativa ReciclaTB, Adriana (vice-presidente) e Fabiano (tesoureiro). Com sorrisos acolhedores, eles compartilharam suas vivências e ensinaram muito. Por exemplo, que itens como secadores velhos são recicláveis e que objetos simples, como um vidro de conserva ou a embalagem de amaciante, podem ter um valor significativo.
A ReciclaTB conta com 15 pessoas, que desempenham um trabalho extraordinário, sendo responsáveis por toda a gestão do processo. Organizada com disciplina, a cooperativa alterna a liderança a cada dois anos, segue um regimento interno e mantém o local impecável com limpezas semanais, que interrompem o funcionamento das máquinas.
“Durante a visita, fomos desconstruindo preconceitos em relação ao ‘lixo’. Surpreendentemente, o local, vizinho ao antigo lixão da cidade, não tem o mau cheiro que muitos esperariam. Pelo contrário, a cooperativa é um exemplo que pode inspirar outras cidades”, diz Lara.
A experiência também trouxe ao debate questões importantes. O grupo refletiu, por exemplo, sobre o peso de um fardo de papelão prensado e o uso predominante de EVA nas escolas – um material que pode levar até 400 anos para se decompor.
A vivência reforçou algo essencial: o conhecimento, por si só, não transforma; é preciso sensibilizar e engajar as pessoas para a ação.
Lara lembra: “Como diz Fritjof Capra, na perspectiva da alfabetização ecológica: ‘A educação ambiental precisa despertar nos alunos a capacidade de compreender sistemas vivos e a interdependência entre eles, para que possam tomar decisões conscientes e sustentáveis’. Foi exatamente isso que essa visita proporcionou.”