O projeto de construção da nova fábrica de celulose da Klabin no município de Ortigueira (PR) terá capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose e demandará investimento de R$ 5,8 bilhões. A planta será abastecida por 107 mil hectares de florestas plantadas, que garantirão o abastecimento da nova fábrica.
O Projeto Puma, como é conhecido, é considerado a etapa mais importante para que a Klabin atinja o objetivo de dobrar de tamanho em três anos. A capacidade da companhia é atualmente de 1,7 milhão de toneladas de papéis e embalagens, número que pode ultrapassar 3,4 milhões de toneladas com a produção de celulose na nova fábrica de Ortigueira, que deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2016.
A fábrica de papel cartão deve ser o principal destino da celulose produzida em Ortigueira. A unidade será abastecida integralmente por florestas da própria empresa, que se estendem por um raio médio de 72 quilômetros em relação à linha de produção. Essa mesma unidade terá um excedente de 150 MW de energia no processo produtivo. A distribuição da celulose vendida a terceiros será feita por ferrovia, que ligará a fábrica ao porto de Paranaguá.
A nova planta industrial trará ganhos econômicos e sociais para toda a região paranaense abrangida pelo projeto, destacando-se: atração de novas empresas, oportunidades de empregos, demandas para o setor de serviços, formação e qualificação profissional via cursos profissionalizantes, melhoria da infraestrutura regional e, por conseguinte, incremento no fator renda da região.
O Projeto Puma deverá movimentar cerca de 8.500 trabalhadores no pico da obra, proporcionando à região oportunidades de desenvolvimento econômico e sustentável. A Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral do Governo do Estado (SEPL) articula ações para que a demanda por serviços não suplante significativamente a oferta, ocasionando desequilíbrios ambientais e sociais difíceis de reparar no futuro.
O recorte regional definido pelo Projeto Puma justifica-se pelo convênio ICMS Partilhado, pelo qual os municípios concordam com a divisão do Valor Adicionado para retorno do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), considerando-se o princípio da mútua colaboração de natureza fiscal, previsto no Código Tributário Nacional.
O município de Ortigueira, sede da nova fábrica, ficará com 50% do tributo e os 50% restantes serão partilhados entre todos os municípios fornecedores de matéria-prima.
Para a elaboração das Diretrizes para Desenvolvimento Regional, além dos municípios abrangidos pela ação (Cândido de Abreu, Congonhinhas, Curiúva, Imbaú, Ortigueira, Reserva, Rio Branco do Ivaí, Sapopema, São Jerônimo da Serra, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania), serão considerados outros dois municípios que, por questões geográficas, sociais e ambientais também serão impactados pelo Projeto Puma: Figueira e Rosário do Ivaí.
O mapa (no alto) e a tabela seguinte apresentam área de abrangência.